O que é o parkinson?

A doença de Parkinson é um transtorno progressivo do sistema nervoso que afeta o movimento. É enquadrada nas doenças neurodegenerativas como a doença de Alzheimer ou de Huntington. Normalmente desenvolve-se gradual e lentamente entre os 55 e 65 anos de idade.

O dia 11 de abril marca o Dia Mundial de Parkinson. Esta data é simbólica, pois homenageia o nascimento do Dr. James Parkinson, um paleontólogo e neurologista que descreveu esta doença em 1817.

Sintomas da doença de Parkinson

Os sintomas da doença de Parkinson não são iguais em todos os doentes. Os primeiros sinais podem passar despercebidos e serem muito ligeiros. Alguns dos mais comuns são:

1. Rigidez muscular

A rigidez muscular pode ocorrer em qualquer parte do seu corpo. Além disso, os músculos rígidos podem ser dolorosos e limitarão os seus movimentos.

2. Tremores

São sentidos como sacudidelas ou tremores que começam num membro, dedos ou mão. A sua mão, por exemplo, pode tremer mesmo quando está em repouso.

3. Alteração do equilíbrio e da postura

Entre as consequências da doença de Parkinson estão os problemas de equilíbrio. Além disso, pode alterar a sua postura, dado que pode fazer com que fique curvado.

4. Bradicinesia ou lentidão de movimento

À medida que a doença progride, esta desordem pode atrasar os seus movimentos. Consequentemente, as tarefas diárias, por mais simples que pareçam, demorarão mais tempo. Por exemplo, os seus passos podem ser mais curtos quando anda, pode baralhar os pés, e pode ter dificuldade em se levantar de uma cadeira.

5. Alterações na fala e na escrita

Em vez de ter inflexões diárias no seu discurso, pode tornar-se mais monótono. Da mesma forma, poderá sofrer alterações na sua escrita, pois poderá ter mais dificuldade em escrever e a sua caligrafia poderá tornar-se mais pequena.

6. Perda de movimentos automáticos

A capacidade de realizar alguns movimentos inconscientes, tais como balançar os braços enquanto caminha, sorrir ou pestanejar, pode ficar reduzida.

Causas da doença de Parkinson: porque ocorre

A maioria dos sintomas nas pessoas com Parkinson deve-se à perda de dopamina, que é um neurotransmissor. Como resultado desta diminuição, a atividade cerebral não é normal. É isto que conduz aos movimentos deficientes e ao resto da sintomatologia que já explicámos.

Contudo, embora a causa desta doença seja desconhecida, há vários fatores que a podem influenciar, por exemplo:

  • Fatores externos. A exposição a certos fatores ambientais ou toxinas (pesticidas ou herbicidas) pode aumentar, com um risco menor, a possibilidade de contrair esta doença.
  • Fatores genéticos. Os investigadores identificaram algumas mutações genéticas específicas que podem causar esta doença, embora sejam raras. 

Por outro lado, a ciência tem observado uma série de mudanças nos cérebros dos doentes de Parkinson. No entanto, não é possível determinar por que razão estas mudanças ocorrem.

É de notar que o risco da doença de Parkinson aumenta com a idade e que os homens são mais propensos à doença do que as mulheres. Além disso, a predisposição genética e a exposição a toxinas são fatores de risco.

Pode ser evitado?

Como a origem da doença de Parkinson é desconhecida, é difícil determinar como preveni-la. No entanto, algumas investigações sugerem que o exercício aeróbico regular pode reduzir o risco.

As bebidas de cola, chá e café contêm cafeína, e algumas pesquisas também mencionam a cafeína. Afirmam que quem a consome tem menos probabilidades de sofrer desta doença. Apesar disto, a realidade é que não existem evidências concretas que indiquem que o consumo desta substância tenha um efeito protetor contra a doença de Parkinson.

Quando é que os primeiros sintomas da doença de Parkinson começam a manifestar-se?

Os primeiros sinais podem ser tão ligeiros que passam despercebidos. Começam frequentemente num dos lados do corpo e depois afetam ambos os lados, mas são piores no primeiro lado.

Os seguintes sintomas não devem preocupá-lo se forem notados de forma isolada. No entanto, se tiver mais do que um simultaneamente, é conveniente verificar com o seu médico:

  • Tremores nos braços, pernas e rosto.
  • Rigidez das extremidades.
  • Alterações no equilíbrio e no movimento.
  • Dificuldade em mastigar e engolir.
  • Problemas urinários.
  • Perturbações do sono.
  • Perturbações da fala.
  • Perda do olfato ou hiposmia.
  • Alterações da sua caligrafia (tamanho de letra mais pequeno).
  • Alterações notórias no seu peso corporal (aumento ou diminuição).
  • Perda de expressão.
  • Depressão.
  • Obstipação.
  • Inclinação das costas.

Como é detetada?

Não há nenhum teste específico para diagnosticar a doença de Parkinson. Um neurologista poderá fazer um diagnóstico baseado na sua história médica, um exame neurológico e físico, e uma análise dos seus sinais e sintomas.

Além disso, o médico pode prescrever diferentes testes laboratoriais para excluir outras condições que possam estar a causar estes sintomas. Porque o diagnóstico desta doença é demorado, é necessário um acompanhamento com neurologistas especializados em perturbações do movimento.

Qual é a esperança de vida de uma pessoa com Parkinson?

As pessoas com este transtorno sabem que não há cura. Contudo, alguns tratamentos podem atrasar a sua progressão e garantir uma melhor qualidade de vida.

Atualmente, as pessoas com a doença de Parkinson têm uma esperança de vida normal. Ou seja, não tem de ser inferior à de uma pessoa que não tem a doença. Além disso, graças aos avanços médicos e farmacológicos, poderão viver com qualidade de vida durante aproximadamente 15 a 20 anos. No entanto, a evolução e progressão da doença é diferente de pessoa para pessoa. 

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Reme Navarro Escrivá

Farmacéutica y Nutricionista. Licenciada en Farmacia en la Universidad de Valencia, Licenciada en Nutrición en la misma universidad. Dedicada al mundo de la salud y la farmacia desde hace mas de 15 años. Entre reunión y reunión en Mifarma escribo éste blog de los temas que considero interesantes para la salud y el cuidado personal