Dopamina

dopamina

Os neurotransmissores são substâncias químicas que servem como meio de comunicação entre as células do sistema nervoso e entre as células com o organismo, gerando um sinal que inibe ou estimula. A dopamina é um dos mais importantes e vamos explicar as suas funções e efeitos, pois a Atida | Mifarma é o destino para o bem-estar.

O que é a dopamina?

A melhor definição que podemos dar aos neurotransmissores é que são moléculas mensageiras de natureza química. São produzidos pelos neurónios, atravessam o espaço sináptico e ligam-se aos recetores de outra célula, que pode ser nervosa, muscular ou endócrina.

O que é a dopamina? É uma amina aromática simples da família das catecolaminas, na qual estão também incluídas a adrenalina e a nanoadrenalina. Quando é produzida pelo hipotálamo, suprime a produção de prolactina no lóbulo anterior da hipófise. Neste caso específico, podemos dizer que a dopamina é uma hormona.

Tem cinco tipos de recetores que recebem os seus estímulos e estão situados nas células, que são classificadas de D1 a D5, de acordo com os seus efeitos ativadores ou inibidores. É uma substância que se encontra em várias partes do nosso cérebro: o mesencéfalo, os núcleos basais do cérebro e o hipotálamo, onde é gerada pelos neurónios dopaminérgicos.

Está associada a funções muito importantes e distintas no organismo. Como tal, a sua falta, o seu excesso ou a sua distribuição inadequada tem repercussões para a saúde.

Qual é a sua função?

É chamada a hormona do prazer, uma vez que a sua produção está associada ao relaxamento e às sensações agradáveis. Contudo, a dopamina e a sua função não estão limitadas ao encéfalo; intervêm também noutras ações em todo o corpo.

Além disso, está presente em muitos animais e também nas plantas. Nestes seres vivos, determina a resistência a fatores de stress não biológicos, como a falta de água, o excesso de sal no solo e a escassez de nutrientes.

Em linhas gerais, é necessária para nos defendermos e transformarmos em pessoas competitivas: faz parte da regulação do metabolismo, participa na ativação do desejo sexual e nos comportamentos de sedução. Também intervém de forma decisiva no movimento voluntário, através do sistema músculo-esquelético.

Saber o que é a dopamina e para que serve requer algum conhecimento de anatomia. O núcleo accumbens é uma ponte neuronal fisiológica que medeia entre a motivação e a ação. Determina, por isso, o comportamento sexual, a ingestão e a procura de recompensas. Esta ligação é explicada num artigo publicado na Revista de Neurologia.

Analisemos a dopamina e os seus efeitos

Em seguida, iremos detalhar as ações desta substância em vários órgãos e sistemas. Como veremos, a dopamina e os seus efeitos são um tema muito vasto, uma vez que também têm repercussões no comportamento e nas funções cognitivas.

Quando os níveis no sistema nervoso estão abaixo do normal, há problemas na esfera da socialização e podem ser desenvolvidos transtornos como a apatia ou a fobia social. Os níveis altos estão relacionados com os comportamentos hiperativos ou uma sexualidade descontrolada.

Na doença de Parkinson, os neurónios que a produzem sofrem degeneração. A origem também foi associada ao Transtorno de Défice de Atenção e Hiperatividade.

Ingestão de alimentos

As pessoas com poucos recetores desta substância no seu cérebro precisam de comer mais para alcançar níveis que as façam sentir a satisfação emocional associada aos alimentos. Isto tem influência no desenvolvimento de excesso de peso e obesidade. A dopamina e os alimentos estão, portanto, muito relacionados.

Regular a memória

A duração das lembranças na nossa consciência é produzida graças à função a que chamamos memória. Esta depende do hipocampo, que é ativado pela dopamina para armazenar as experiências e transformá-las em lembranças. Caso contrário, são dissipadas.

O movimento

A dopamina está envolvida nos mecanismos associados aos movimentos voluntários, e os recetores intervenientes vão do D1 ao D5. O excesso origina movimentos involuntários e estereotipados, como os tiques. Um défice nos gânglios basais produz rigidez, movimentos lentos e alterações na postura, como acontece com a doença de Parkinson. O que é o Parkinson?

Satisfação e autoimagem

Estarmos satisfeitos connosco mesmos está muito relacionado com a quantidade de recetores D2 nas células do cérebro. A autoimagem positiva e o amor próprio elevado estão diretamente relacionados com esta característica.

Dependências

O sistema de recompensa do cérebro controla as sensações de prazer. O sexo, a comida e alguns estupefacientes aumentam a produção da dopamina no cérebro. Os níveis elevados estão associados a uma intensa hiperestimulação destes mecanismos de recompensa.

O consumo de substâncias psicotrópicas é interpretado pelo sistema nervoso como algo positivo. Como tal, as dependências alteram o comportamento de forma a repeti-lo e aumentar a concentração de dopamina.

Emoções intensas

A elevada presença de dopamina em determinadas regiões do cérebro incentiva-nos a procurar emoções fortes. A fixação pelos desportos radicais e a propensão para assumir riscos podem ser explicadas por este mecanismo.

Doenças mentais

As alterações do recetor D2 são encontradas nos casos de fobia social. A apatia, a falta de sensações de prazer e o acanhamento são características da esquizofrenia associadas à baixa atividade da dopamina. A fase maníaca dos transtorno bipolares, que apresenta sintomas de hipersocialização e hipersexualidade, pode ser tratada com antipsicóticos que bloqueiam a sua ação.

Criatividade

Uma menor quantidade de recetores D2 de dopamina no tálamo ativa a seleção de estímulos que chegam realmente ao córtex cerebral, e este filtro funciona de forma mais eficaz. É um mecanismo que facilita as ligações entre os neurónios, o que nos permite ser mais perspicazes e associar conceitos mais rapidamente.

Por outro lado, a sua presença nos lóbulos frontais do cérebro controla o fluxo de informação que provém de outras regiões. As alterações afetam a capacidade de resolução de problemas, a atenção e a memória. Esta última função está relacionada com os recetores D1 e D4.

Motivação

As pessoas com elevados níveis de motivação têm também elevadas concentrações de dopamina. Esta hormona é libertada pouco antes de receber uma recompensa ou reconhecimento e incentiva-nos a obter os mais valiosos. Leva-nos a agir até conseguirmos alcançar o objetivo pretendido.

Paixão

O amor é uma resposta emocional controlada por efeitos químicos que ocorrem no cérebro. Os sentimentos agradáveis e prazerosos são mediados por várias substâncias, entre as quais se incluem a oxitocina, a serotonina e a dopamina. O artigo 8 motivos pelos quais a meditação o ajudará a ter melhor sexo pode ser interessante, uma vez que sentir-se bem agora é possível em apenas um clique.

A personalidade

Certas características parecem ser determinadas pela presença ou não de concentrações elevadas desta substância no sistema nervoso. Ser medroso ou corajoso, introvertido ou extrovertido e seguro ou inseguro pode estar relacionado com isso.

Aplicações na medicina

A dopamina natural também pode ser sintetizada em laboratório. Entre as suas indicações, talvez a mais relevante seja a correção das alterações hemodinâmicas que são desenvolvidas após o enfarte do miocárdio, a septicemia e a insuficiência renal, quando ocorre uma falha no funcionamento cardíaco.

A metoclopramida é um medicamento utilizado para prevenir as náuseas e os vómitos. Funciona como um antagonista do recetor de dopamina D2 e impede a sua ação em zonas do cérebro que os controlam.

Diferença entre dopamina e serotonina

Agora que já sabemos o que é a dopamina e qual é a sua função, podemos analisar outra substância muito importante, como a serotonina, que é também um neurotransmissor. Se chamamos à primeira a hormona do prazer, a segunda pode ser a substância da felicidade.

Estado de espírito

Embora a dopamina nos faça ser competitivos e corajosos, a serotonina também tem efeitos positivos. Proporciona-nos bem-estar, tranquilidade e relaxamento. O seus níveis baixos manifestam-se com depressão e descontentamento.

Função sexual

Aqui funciona ao contrário da dopamina. Os níveis baixos de serotonina estimulam o desejo e a atividade sexual. Quando aumentam, são inibidores.

Motilidade intestinal

O estômago e o intestino possuem uma motilidade própria, que serve para misturar e fazer circular o conteúdo. O excesso de serotonina acelera este processo, causando diarreia, e a sua falta gera obstipação.

Função reguladora

Este neurotransmissor intervém na regulação do sono, uma vez que controla a produção de melatonina. É a hormona responsável pelo ciclo circadiano do sono e pela monitorização.

Por este motivo, os suplementos alimentares com melatonina, como Esteve Dorminatur ajudam a conciliar o sono para desfrutar de uma nova experiência de saúde e bem-estar. Além disso, este neurotransmissor faz parte dos mecanismos de regulação da temperatura, uma função de grande importância.

A dopamina é uma substância fascinante que intervém na nossa autoimagem, personalidade, criação e motivação. Além disso, está envolvida em vários mecanismos fisiológicos. Seguir as redes sociais e os diferentes canais da Mifarma by Atida é útil para adquirir conhecimentos sobre saúde, uma vez que há sempre informações interessantes.

Reme Navarro Escrivá

Farmacêutica e Nutricionista. Licenciada em Farmácia na Universidade de Valencia no ano 2007, Licenciada em Nutrição na mesma universidade em 2009. Dedicada ao mundo da saúde e da farmácia há mais de 15 anos. De reunião em reunião, na Atida eu escrevo este blog sobre temas que considero interessantes para a saúde e cuidado pessoal.